quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Agonia das Religiões

As religiões aparecem como criações humanas que nascem do esforço do homem para compreender o mundo. Ao conceitua-las o autor lhes nega a origem divina que todas elas se arrogam. Apesar disso, admite as revelações como ocorrências naturais do processo de desenvolvimento do homem na Terra. Não se trata de uma interpretação materialista do fenômeno religioso. O que mais agrada neste livro é o jogo de contradições aparentes que vão se diluindo em fusões naturais dos opostos, não no sentido dialético de luta, mas no sentido (segundo a dialética de Hammeleim) de conjugação complementar dos opostos. Por exemplo: magia e misticismo fundem-se na mitologia. E, mitologia e mística fundem-se nas religiões cristãs.
Nessa seqüência histórica, o autor sustenta que as religiões atuais estão em agonia e vão morrer, como as antigas morreram, o que provocará um novo surto religioso de natureza superior. Como vemos a posição do autor é nova e revolucionária, abrindo novas possibilidades para a compreensão do fenômeno religioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário